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Matriz energética pode consolidar liderança global do Brasil em biocombustíveis

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12 de novembro de 2008


O Brasil precisa definir a sua matriz energética e, assim, aproveitar a oportunidade que o cenário oferece de o País se consolidar como líder global em biocombustíveis. A afirmação é do diretor-executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão de Sousa, durante o painel “Petróleo e Derivados, Gás e Combustíveis – Cenários de Oferta e Demanda”, realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), nesta terça-feira (11/11/2008), em Brasília.

O encontro discutiu a nova matriz energética brasileira a partir dos insumos disponíveis no País. “Uma política de combustíveis deve atender às expectativas dos vários agentes diretamente envolvidos, como produtores, montadoras de veículos, consumidores e governo, e da sociedade como um todo”, afirmou Sousa. “Esse é um grande desafio que deve ser enfrentado o mais cedo possível, para assegurarmos uma matriz energética mais diversificada, com menor dependência do petróleo e crescente participação de renováveis”, acrescentou.

De acordo com o executivo da UNICA, é fundamental definir a participação do etanol na matriz energética, levando em conta seus fatores positivos para a sociedade, como geração de empregos, renda e divisas, movimentação da indústria nacional de máquinas e insumos e ganhos ambientais, principalmente na redução de CO2.

Um estudo realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério das Minas e Energia, confirmou que a cana-de-açúcar é a segunda fonte primária de energia do País. O Balanço Energético Nacional 2008, com base no ano de 2007, mostra que a cana representou 15,9% da matriz energética brasileira, atrás apenas do petróleo, com 37,4%. Entre as fontes renováveis, a cana-de-açúcar ocupa a liderança, tendo em segundo lugar as hidrelétricas, que representam 14,9% do total.

O debate organizado pelo TCU foi aberto pela ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Também participaram o presidente do TCU, Ministro Walton Alencar, o ministro do TCU Augusto Nardes, que coordenou o evento, além de representantes do Senado e da Câmara Federal, ministros de várias pastas, representantes da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), Petrobrás, CNI (Confederação Nacional da Indústria) e ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), entre outros.

“Foi um fórum altamente qualificado que reuniu importantes representantes da iniciativa pública e privada para discutir um tema de fundamental importância para o desenvolvimento sustentável do País”, resumiu o representante da UNICA.

Clique aqui para ver a apresentação do diretor-executivo da UNICA.