fbpx

Na China, UNICA destaca potencial da cana na geração de energia

18 de abril de 2011

O Brasil tem um importante papel entre as principais economias emergentes, na promoção de um uso racional de energia, com respeito ao meio ambiente. E uma das alternativas seria o maior uso da cana-de-açúcar como fonte energética de baixo carbono, afirmou na quarta-feira (12/04), na China, a assessora de relações institucionais da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Nayana Rizzo.

Durante o evento BRIC Business Forum, que ocorreu na província de Sanya, no sul da China, durante a visita oficial da presidente Dilma Rousseff àquele país, a representante da UNICA apontou possíveis formas de cooperação entre os países que compõem o chamado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Participaram do mesmo painel o ex-presidente da Federação das Câmaras do Comércio e Indústria (FICCI, na sigla em inglês) e chairman da Great Eastern Energy Corporation Ltd., Y.K. Modi; o CEO da Eskom (empresa sul-africana de eletricidade de utilidade pública), Brian Dames; e o presidente da JSC Commercial Bank “Center-Invest”, Vasily Vysokov. O JSC é um banco sudeste do Rússia que já executou programas de eficiência energética no sul do país, iniciativa que permitiu às empresas reduzir seu consumo de energia e emissões de CO2 em 30 a 50%.

“O potencial da cana-de-açúcar é imenso, particularmente no que se refere ao uso de biomassa para produzir bioeletricidade. No Brasil, dizemos internamente que existem ao menos três usinas do porte de Belo Monte ainda adormecidas nos canaviais,” afirmou Nayana Rizzo. Durante a visita oficial de seis dias à China iniciada na segunda-feira (11/04), a presidente Dilma Rousseff, acompanhada de ministros de estado e uma comitiva de 250 empresários, assinou diversos acordos comerciais e de cooperação com os chineses.

“A história brasileira não precisa ser contada somente pelo Brasil, já que mais de 100 países que já produzem cana-de-açúcar também poderiam produzir etanol. O nosso modelo é um exemplo de como essa experiência de cooperação entre governo e setor privado deu certo. O segredo é continuar neste caminho,” conclui Rizzo.

A participação da UNICA no evento ocorreu dentro do escopo do projeto Apex-Brasil/UNICA, iniciado em janeiro de 2008 e renovado em setembro de 2010. Trata-se de uma parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O objetivo do projeto Apex-Brasil/UNICA é promover a imagem do etanol brasileiro de cana-de-açúcar como energia limpa e renovável ao redor do mundo.