Um novo trabalho publicado pelo Grupo de Irrigação e Fertirrigação de Cana-de-Açúcar (GIFC), uma entidade sem fins lucrativos que atua pela maior sustentabilidade no cultivo canavieiro, tem o objetivo de melhorar a eficiência das redes de abastecimento responsáveis pelo transporte de água e vinhaça utilizados na produção agrícola da cana e na fabricação industrial do etanol e do açúcar.
Apresentado na primeira quinzena de maio (10/05) durante encontro técnico realizado na sede do Centro de Tecnologia canavieira (CTC), em Piracicaba (SP), o “Guia de Boas Práticas para Adutoras de Vinhaça e Águas” é resultado de dois anos de pesquisas do Grupo de Estudos de Adutoras (GEA) ligado ao GIFC.
Para o consultor Ambiental e de Recursos Hídricos da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), André Elia Neto, a nova publicação servirá como uma importante referência no setor sucroenergético. “Trata-se de um levantamento completo, que vai ao encontro das principais necessidades identificadas nos projetos de adutoras em um contexto ainda maior de segurança das instalações, visando a operacionalidade do sistema e a proteção do meio ambiente”, avalia o executivo. Segundo o GIFC, uma versão eletrônica do Guia será disponibilizada até o final de junho no site do Grupo.
Especialistas conhecem de perto nova variedade de canaSegundo o engenheiro Miguel Guazzelli, um dos autores do trabalho, a ideia é disseminar orientações a respeito da infraestrutura das adutoras, implantação e inspeção do projeto, além de práticas de manutenção adequada.
Durante o evento organizado no CTC, onde também foi lançada uma nova variedade (CTC20Bt) resistente à broca da cana, especialistas em gestão hídrica do setor sucroenergético criaram o Grupo de Estudos de Irrigação (GEI). A proposta é conceber outro guia de boas práticas para planejamento, execução de projeto, instalação e operacionalização da irrigação e fertirrigação com os recursos hídricos disponíveis na usina (água, águas residuais e vinhaça).