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Nova usina da Bunge em Tocantins reforça compromisso de crescimento

21 de julho de 2011

Aos poucos, com planejamento e critérios muito precisos, a indústria sucroenergética nacional começa a romper as fronteiras do estado de São Paulo rumo ao Centro-Oeste, e agora à região Norte. Nesta quinta-feira (21/07), a Bunge inaugurou uma nova usina de etanol no interior do estado de Tocantins, a unidade Pedro Afonso, a oitava do grupo que consumiu investimentos da ordem de R$ 600 milhões e terá uma capacidade inicial de moagem de 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano.

“Este é mais um capítulo que ilustra a pujança desta indústria rumo a um crescimento sustentado, com fábricas modernas e tecnologia de ponta, como nesta usina. O compromisso da Bunge, uma de nossas associadas, é o de aumentar a produção de etanol e bioenergia, gerando empregos, crescimento sustentável e a interiorização do desenvolvimento,” afirmou Marcos Jank, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), que participou da solenidade.  O evento contou ainda com a presença do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que foi recepcionado por Pedro Parente, presidente e CEO da Bunge no Brasil.

A nova usina traz diversos aspectos inovadores, entre eles o maior pivô central para irrigação já produzido no mundo, com um raio de cobertura de 1.300 metros. Os canaviais da usina Pedro Afonso também fazem uso de uma tecnologia ainda pouco utilizada no setor sucroenergético, mas considerada muito promissora: 70% da cana que abastece a usina é irrigada por pivô central (com água) ou fertirrigação (com vinhaça), sistema que pode gerar grandes aumentos de produtividade.

Panorâmica da Usina Pedro Afonso em Tocantins (cortesia Bunge / foto Beto Montreiro)

Dobrar de tamanho

“A Bunge está investindo US$ 2,8 bilhões (cerca de R$ 4,45 bilhões) no Brasil até 2012. Cerca de 80% desse valor é destinado a dobrar o tamanho dos negócios do grupo neste setor,” afirma Pedro Parente. De acordo com informações fornecidas pela Bunge, a nova usina utiliza o que há de mais moderno em tecnologia, realiza plantio e colheita totalmente mecanizados, além de aproveitar integralmente o bagaço da cana para a produção de bioeletricidade pelo sistema de co-geração. Localizada em um terreno de 94 hectares na zona rural do município de Pedro Afonso, a unidade produzirá etanol combustível, açúcar e energia elétrica em um região nova para o setor sucroenergético nacional. Boa parte da produção será voltada para o fornecimento de etanol para as regiões norte e nordeste do País.

O processo produtivo da usina está dividido em duas fases: na primeira, a produção é 100% voltada para o etanol, atendendo o mercado interno e exportações; na segunda fase, serão produzidos também açúcar e energia. A implantação da segunda fase, prevista para ocorrer entre 2012 e 2014, deverá duplicar a capacidade produtiva da usina.

Joint-venture e empregos

A usina Pedro Afonso marca também a consolidação da joint-venture entre a Bunge e a Itochu, uma das principais tradings globais do Japão. Nessa iniciativa, 80% dos recursos financeiros foram investidos pela Bunge e 20%, pela Itochu, que também é parceira da Bunge na Usina Santa Juliana, em Minas Gerais, desde 2008. “Esta parceria vitoriosa confirma a nossa disposição em investir no setor de açúcar e etanol, além de permitir nossa contribuição ativa para o desenvolvimento econômico e social do País,” afirma Yoichi Kobayashi, vice-presidente executivo da Itochu Corporation.

Na primeira fase, a Bunge pretende gerar cerca de 1.400 empregos diretos, além de 3.000 indiretos. Durante a obra, mais de 1.700 pessoas trabalharam na construção da usina, cujo início foi em janeiro de 2009. Em julho de 2010, a unidade já havia iniciado a operação em caráter experimental, e desde maio deste ano a usina está em plena atividade. “Este empreendimento é um marco do compromisso da empresa com o país, pois demonstra que vamos continuar contribuindo para estimular e acelerar o crescimento econômico do estado de Tocantins, bem como de toda a região, atraindo também outros investidores,” explica Pedro Parente.

Bioeletricidade

Ainda de acordo com informações da Bunge, a usina Pedro Afonso terá capacidade para produzir 180 Gwh por ano de energia e, a partir de 2013, a unidade poderá contribuir para o fornecimento de energia elétrica do estado do Tocantins. Foram investidos mais de US$ 20 milhões (cerca de R$ 31,6 milhões) no processo de co-geração, que consiste na queima do bagaço da cana para gerar energia elétrica. Uma parte desta energia será utilizada internamente para operar a usina, que garantirá auto-suficiência da unidade do ponto de vista energético. Outra parte poderá ser disponibilizada ao sistema elétrico nacional, com capacidade para abastecer uma cidade de até 300 mil habitantes.