A falta de informação é o principal gerador do mito de que o cultivo de cana-de-açúcar contribui para o desflorestamento na Amazônia. Essa é a opinião do presidente do japonês Shiga Bank, Takata Koichi. Ele liderou um grupo de empresários da província de Shiga em visita à sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) em São Paulo nesta quinta-feira (12/02/2009), para conhecer detalhes sobre a produção de etanol, açúcar e bioeletricidade em usinas brasileiras.
Koichi afirmou que, assim como ocorre com os japoneses, muitos estrangeiros acreditam que os canaviais do Brasil estão se expandindo em áreas de floresta. “Muita gente no mundo acredita que haja expansão da cultura de cana na Amazônia, o que não é verdade”, declarou. De fato, as principais áreas utilizadas para cultivo de cana-de-açúcar no Brasil estão na região Centro-Sul do país, a pelo menos 2,5 mil quilômetros da Floresta Amazônica.
Os visitantes japoneses receberam ainda informações detalhadas sobre as ações de empresas do setor sucroenergético pela preservação ambiental, em apresentação conduzida pela relações institucionais da UNICA, Carolina Costa. Foram mostrados exemplos de usinas que, nos últimos anos, investiram em novas técnicas que privilegiam a questão ambiental, como a reutilização da água e o uso da vinhaça como fertilizante orgânico.
Parte da apresentação ao grupo de executivos detalhou iniciativas que constam do Relatório de Sustentabilidade da UNICA, produzido de acordo com as diretrizes do GRI (Global Reporting Initiative). Lançada no final de 2008, a publicação traz mais de 600 projetos realizados em 2008 por usinas associadas à UNICA, que exigiram investimentos de cerca de R$160 milhões.