undefinedEram esperados os processos abertos pela indústria de etanol de milho dos Estados Unidos contra a lei californiana de combate ao aquecimento global, que podem vir a dificultar a implementação de regras que valorizam os benefícios do etanol de cana brasileiro, na avaliação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).
A lei levou à criação o Padrão de Combustível de Baixa Emissão de Carbono (ou LCFS, em inglês), aprovada pelo Conselho de Qualidade do Ar do estado da Califórnia (CARB, em inglês) em 2009. A indústria do etanol de milho acusa o CARB de ilegalmente restringir o comercio interestadual nos EUA, o que é inconstitucional nos EUA.
“O CARB reconheceu a contribuição do etanol brasileiro no combate ao aquecimento global após atualizar os cálculos sobre a redução de emissões do combustível feito de cana. Como era aguardado, a indústria do etanol do milho não está satisfeita com os resultados das análises do CARB e agora quer por em risco todo o programa daquele estado”, disse o representante-chefe da UNICA na América do Norte, Joel Velasco.
“Não é surpresa e esperamos que outros grupos – como algumas empresas de petróleo – recorram à Justiça. Mas estamos confiantes que o processo jurídico não venha afetar negativamente nossas conquistas no reconhecimento dos benefícios do etanol de cana,” completa Velasco. A Califórnia consome anualmente seis bilhões de litros de etanol hoje.
O LCFS vai promover, a partir de 2011, uma redução na intensidade do carbono de todos os combustíveis usados naquele estado, com a intenção de atingir uma redução de pelo menos 10% até 2020. Segundo Velasco, os esforços da UNICA continuarão para assegurar que todas as reduções atingidas pelo etanol brasileiro sejam reconhecidas antes do início da fase de implementação.
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