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Prefeito de Los Angeles destaca versatilidade do setor

12 de dezembro de 2012

A gama de produtos derivados da cana-de-açúcar, além do açúcar e do próprio etanol brasileiro, chamou a atenção do prefeito da cidade de Los Angeles, no estado americano da Califórnia (EUA), Antonio Villaraigosa. Ele liderou uma delegação de autoridades e empresários da cidade em visita à sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em 29/11.

Juntamente com executivos do porto e do aeroporto de Los Angeles e de empresas de diversos ramos, como turismo e tecnologia, Villaraigosa esteve na entidade para conhecer melhor as propriedades do biocombustível de cana e as perspectivas do setor. Também estavam na agenda o estreitamento de laços e oportunidades de investimentos em Los Angeles, segunda cidade mais populosa dos EUA, para agilizar a exportação de etanol brasileiro através do porto daquela cidade.

“As usinas sucroenergéticas brasileiras fazem operações completas. Elas conseguem produzir o etanol e outros itens, e ainda reaproveitam os resíduos para gerar a bioeletricidade. Isso é genial. Sabíamos da eficiência da planta, mas não dessa quantidade de produtos que podem ser feitos a partir dela,” destacou o prefeito.

A comitiva americana foi recebida na UNICA pelo diretor de Comunicação Corporativa Adhemar Altieri, que destacou em sua apresentação a conjuntura do mercado brasileiro e as tecnologias empregadas no dia a dia da indústria da cana. Questões logísticas também foram discutidas durante o encontro.

Villaraigosa reafirmou o interesse de sua cidade pelos ganhos ambientais proporcionados pelo biocombustível extraído dos canaviais, considerado pela Lei Californiana de Padrão de Combustível de Baixa Emissão de Carbono (Low Carbon Fuel Standard – LCFS, na sigla em inglês), como mais eficiente e menos danoso ao meio ambiente, com redução de até 90% do gás carbônico emitido comparado com a gasolina. Já o etanol de milho, produzido nos EUA, consome muita energia em seu processo de produção e as plantações precisam ser maiores para render o mesmo volume do etanol da cana, o que às vezes gera críticas sobre eventuais impactos sobre os preços e a oferta de alimentos.

Criado pelo Conselho de Qualidade do Ar do Estado da Califórnia (Carb) e aprovado em 2009, a LCFS tornou obrigatória a redução em 10% das emissões de gás carbônico naquele estado até 2020. “Os californianos entendem que a questão ambiental é mais importante que os ganhos econômicos. Por isso, investem em tecnologia para o desenvolvimento dos combustíveis renováveis de segunda geração e tem interesse no etanol brasileiro”, ressaltou Altieri. Na safra 2011/ 2012, foram exportados mais de 663 mil litros de etanol para os Estados Unidos, sendo a Califórnia o principal destino no país.

Ao fazer um balanço da reunião com a comitiva californiana, Altieri mostrou-se satisfeito. “O interesse da Califórnia é muito representativo para o setor. Isso mostra que cada vez mais, as conclusões de tantos estudos feitos mundialmente sobre a sustentabilidade do etanol brasileiro já são aceitas amplamente,” destacou Altieri.

Durante a visita ao Brasil, Villaraigosa e sua delegação participaram de diversos encontros com empresários e políticos em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Entre os principais contatos do grupo estiveram encontros com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado José Sarney e a presidente Dilma Rousseff.