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Câmara de Comercialização vê forte avanço em bioeletricidade

3 de maio de 2010

undefinedA bioeletricidade avançou muito nos últimos anos e tem condições de avançar ainda mais na matriz de energia elétrica brasileira, acredita Antônio Carlos Fraga Machado, presidente do conselho de administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Na última sexta-feira (30/04) ele participou do Fórum “Biomassa e a Comercialização”, na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em São Paulo, juntamente com especialistas da CCEE e associados da UNICA.

A CCEE é a responsável pela comercialização de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), além de contabilização e liquidação financeira de operações realizadas em curto prazo. Para Eduardo Leão de Sousa, diretor executivo da UNICA, que acompanhou o Fórum, o setor passa hoje por um período de consolidação, no qual grupos econômicos planejam significativos investimentos em bioeletricidade. “O papel da CCEE é fundamental para viabilizar esses novos agentes,” afirmou.

“Novos investimentos que chegarão ao setor sucroenergético já pressupõem um modelo de negócio que envolve a bioeletricidade. Considerando-se as expectativas positivas para o setor sucroenergético, principalmente no que tange ao crescimento previsto nos mercados nacional e internacional de etanol, inevitavelmente haverá também uma forte expansão dos investimentos em bioeletricidade. Até 2020, o setor deverá estar produzindo energia equivalente a uma Itaipu e meia por ano,” estima o executivo da UNICA.

Regras de Comercialização

Para o assessor de bioeletricidade da UNICA, Zilmar de Sousa, que também participou do Fórum,  embora haja um claro esforço de agentes institucionais como a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a CCEE,  o que se percebe é que as regras de comercialização devem avançar em alguns  aspectos.

“A CCEE está sendo proativa conhecendo mais o setor sucroenergético e a bioeletricidade, que é diferente de outras fontes dedicadas apenas à geração de energia elétrica. A bioeletricidade tem associada à indústria de açúcar e etanol uma atividade agrícola que é a cultura da cana-de-açúcar, cujas  características se refletem diretamente em aspectos comerciais da bioeletricidade,” conclui Souza.

A CCEE será a entidade responsável pela operacionalização do próximo Leilão de Reserva. Previsto para junho deste ano, o setor sucroenergético cadastrou 55 projetos para o leilão, somando 3.518 MW de potência instalada e 24% da oferta total.