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Primeira usina de etanol e açúcar certificada do mundo reforça

22 de junho de 2011

A primeira certificação mundial para uma usina produtora de etanol e açúcar sob os critérios da iniciativa global Bonsucro (Better Sugarcane Initiative), concedida na terça-feira (21/06) a uma usina brasileira, reforça o desempenho sustentável do setor sucroenergético brasileiro e abre as portas para uma série de certificações, que devem ocorrer daqui para a frente. Assim reagiu o gerente de Sustentabilidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Luiz Fernando do Amaral, ao comentar a certificação da usina Maracaí, localizada no interior de São Paulo e pertencente ao Grupo Raízen.

“Esta primeira certificação reflete o sério envolvimento das empresas do setor brasileiro com uma produção cada vez mais de acordo com as exigências que o mundo moderno determina. Além disso, é mais uma entre as inúmeras ferramentas existentes para criar diferenciais para os produtos, favorecendo sua comercialização e consolidação no mercado internacional,” avalia Amaral.

O trabalho para a certificação de produtos como o etanol e açúcar tem sido intenso nos últimos anos, com várias iniciativas de empresas, ONGs e governos sendo desenvolvidas em todo o mundo, como no caso da Bonsucro. A UNICA tem acompanhado esse processo e informado de forma transparente a indústria sobre estas possibilidades. Para Marcos Jank, presidente da entidade, “a certificação tende a se tornar uma espécie de passaporte ou selo de aprovação, essencial para tornar o produto brasileiro uma commodity internacional.”

Trabalho Intenso

Luiz Eduardo Osório, vice-presidente de Desenvolvimento Sustentável e Relações Externas da Raízen, destaca que “até a safra 2017/18, as atuais 24 unidades da Raízen deverão contar com a certificação da Bonsucro, sendo pelo menos quatro delas na safra 2011/2012.” Segundo a companhia, foram certificadas 1,7 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, 130 mil toneladas de açúcar e 63 milhões de litros de etanol produzidos na unidade Maracaí.

David Willers, gerente geral da Bonsucro, destaca que esta primeira certificação para uma empresa do segmento canavieiro é resultado de cinco anos de “uma intensa colaboração entre produtores de cana e organizações comerciais.”

Antes chamada de BSI, a Bonsucro foi criada em 2005 para estabelecer princípios e critérios socioambientais para as regiões de cultivo de cana em todo o mundo. A instituição, sediada em Londres, funciona como um fórum de diálogo internacional reunindo produtores, traders, redes varejistas, empresas e investidores empenhados no melhoramento contínuo da produção da cana.

Novos integrantes

Entre as associadas da UNICA, além da Raízen da usina Cevasa, outros membros, como a ETH Bioenergia, empresa do Grupo Odebrecht, São Manoel e usinas Zilor, afiliadas aos grupos Copersurcar e Renuka, respectivamente, já enviaram seus pedidos de adesão e estão aguardando aprovação do Conselho Bonsucro para se tornarem membros da organização. Além de produtores, organizações não-governamentais como a WWF, Ethical Sugar e Solidaridad, e companhias como Cargill, Bacardi Limited, Cadbury Schweppes, BP e Coca-Cola, também compõem a Bonsucro.