undefinedO prêmio TOP ETANOL, iniciativa do Projeto AGORA, é uma excelente oportunidade para que o mundo acadêmico exponha suas idéias sobre o setor sucroenergético. A afirmação é do presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Marcos Jank.
O TOP ETANOL vai premiar matérias jornalísticas, fotografias e trabalhos acadêmicos voltados para o tema “Agroenergia e Meio-Ambiente”, além de homenagear personalidades de reconhecida importância para o setor sucroenergético. As inscrições para a premiação vão até o dia 19 de fevereiro. Em entrevista à newsletter do AGORA, Marcos Jank (MJ) deu o seguinte depoimento:
AGORA: Que importância tem um prêmio como o TOP ETANOL para o mundo acadêmico, particularmente para quem lecionou durante muitos anos, como é o seu caso?
MJ: Penso que ainda existem muitos trabalhos circunscritos às universidades que podem ser de grande utilidade para o setor. Neste sentido, o TOP ETANOL, em sua edição anual, estimularia o interesse de estudantes e pessoas envolvidas na área do agronegócio, setor de grande importância para a economia nacional. Um diálogo ampliado entre a universidade e a indústria é sempre bem-vindo, aproxima o ambiente acadêmico da realidade do mercado e promove o crescimento do setor.
AGORA: Como está este diálogo universidade-indústria?
MJ: Há muito espaço para que esse diálogo seja aprimorado. Veja os avanços que ocorreram nos últimos anos em pesquisa e desenvolvimento em nosso setor, o sucroenergético. Isto não seria possível se não houvesse esta comunhão de interesses. Apesar disso, essa sinergia com a universidade ainda é tímida. Poderíamos avançar muito mais, principalmente na área de pesquisa de biocombustíveis. Há um mundo a ser descortinado quando se fala em produtividade, etanol de segunda geração, indústria bioquímica, etc.
AGORA: O TOP ETANOL seria esta vitrine?
MJ: Exatamente. O TOP ETANOL pretende abrir espaço para que tudo isso venha a público. Infelizmente existem poucos espaços hoje para que um pesquisador recém-formado, que ainda não tenha se aventurado em um mestrado ou doutorado, possa expor suas idéias. Os estudantes são peças-chave para a difusão do conhecimento. É neste nicho, de iniciação científica propriamente dito, que surgem boas e plausíveis novidades.
AGORA: O projeto educacional do AGORA para 2010 é uma forma de melhorar esta lacuna entre indústria e meio acadêmico?
MJ: Com certeza. O projeto educacional de 2010 pretende atingir até 100 municípios canavieiros, levando educação e informação à base. Queremos preparar os estudantes mais novos para que desenvolvam uma consciência crítica sobre o setor, compreendam as diversas formas como suas comunidades são impactadas e no futuro, possam se debruçar sobre assuntos relevantes que auxiliem no desenvolvimento do mesmo. Ações de integração entre o ambiente escolar e empresas são sempre muito valiosas.