Cerca de 50 profissionais das equipes de comunicação das empresas associadas à União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), dos sindicatos estaduais de produtores de açúcar e etanol de Minas Gerais (Siamig) e Paraná (Alcopar), do CTC, o Centro de Tecnologia Canavieira, de Piracicaba, e do CEISE-Br, o Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético, de Sertãozinho, visitaram nesta quarta-feira (04/11) o estande do Projeto AGORA no Salão do Automóvel, no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo. A visita concluiu o segundo encontro de 2010 para alinhamento de políticas de comunicação do setor sucroenergético, realizado pela UNICA no Hotel Holiday Inn do Anhembi.
Aproveitando a temática automotiva, um dos focos do encontro foi a presença de diversos modelos de carros elétricos no Salão do Automóvel, e o posicionamento dos produtores de etanol sobre essa tendência. O consultor de tecnologia e emissões da UNICA, Alfred Szwarc, abordou o tema durante a palestra “O carro elétrico e o setor sucroenergético” e explicou que tanto o carro elétrico quanto o híbrido, que começa a chegar ao mercado brasileiro em modelos de alto luxo, não representam ameaça à liderança do carro flex no Brasil.
“São carros ainda caros para o público brasileiro e com tecnologia embarcada sofisticada, o que requer serviços de manutenção sofisticados e caros. Estão ainda longe da grande maioria dos consumidores. Ao utilizar motores a etanol ou motores flex, a tecnologia dos veículos híbridos passa a apresentar complementaridade com as tecnologias utilizadas atualmente. Carros assim ofereceriam ao consumidor a melhor combinação possível em termos de economia e benefício para o meio-ambiente,” avaliou Szwarc.
O consultor da UNICA acrescentou que o setor não trabalha com ideias pré-concebidas sobre o carro elétrico ou o híbrido, mas acha importante contextualizar a questão e detalhar o que de fato está disponível hoje para o consumidor, assim como as perspectivas de uma oferta maior desses veículos. “A UNICA sempre entendeu que o futuro trará uma diversidade de opções de locomoção, portanto não há qualquer resistência ou dificuldade com opções futuras que precisam ser pesquisadas. Por outro lado, o setor sucroenergético acredita que não faz sentido subsidiar veículos elétricos a bateria importados, uma vez que existem outras necessidades de recursos mais prementes no país. Na nossa visão, mesmo com outros tipos de veículo surgindo no futuro, o carro flex vai continuar sendo uma opção viável por muito tempo,” concluiu Szwarc.
Projeto AGORA e mídia
A assessora de relações institucionais da UNICA, Nayana Rizzo, apresentou ao grupo de comunicadores um panorama das ações realizadas este ano pelo Projeto AGORA, entre elas a presença inédita do setor sucroenergético no Salão do Automóvel. A apresentação detalhou ações futuras, como a 2ª edição do Premio TOP Etanol, frisando a importância crescente do AGORA para o futuro da comunicação não apenas por parte dos produtores de etanol, mas de toda a cadeia produtiva em torno da cana-de-açúcar no Brasil.
Na parte de mídia, o Representante da UNICA em Ribeirão Preto, Sérgio Prado, e o Gerente de Comunicação da entidade, Carlos Dias, apresentaram casos que ilustram o trabalho desenvolvido nos últimos meses no relacionamento com veículos de comunicação. “Pudemos alinhar um pouco mais o discurso, somar esforços para uma comunicação mais eficiente do setor daqui por diante,” explica Dias.
O ex-presidente da Kaiser, Pizza Hut e Elma Chips, Humberto Pandolpho, hoje presidente da agência CALIA/Y2, que atende o Projeto AGORA, também palestrou sobre o relacionamento das usinas com veículos de comunicação regionais. Ele relatou uma série de experiências por que passou em sua carreira e apresentou ideias para uma participação mais eficaz do setor nos veículos mais próximos das empresas produtoras.
O presidente da UNICA, Marcos Jank, encerrou o encontro recebendo os convidados no Labirinto Canavial, no estande do Projeto AGORA em frente à entrada principal do Salão do Automóvel. “O diálogo entre as empresas do setor e as entidades representativas é fundamental para o avanço de nossos objetivos, e mostra que a profissionalização do setor é uma realidade crescente também na área da comunicação corporativa,” concluiu Jank.