undefinedUma das maiores iniciativas para treinamento e requalificação de trabalhadores rurais do setor sucroenergético brasileiro foi iniciada nesta segunda-feira (22/02) em Ribeirão Preto. A solenidade de lançamento do Projeto RenovAção contou com a presença de mais de 200 trabalhadores, sindicalistas e representantes de empresas e associações que compõem o setor.
“Ao mesmo tempo que o setor avança inexoravelmente para o fim da queima da palha da cana no estado de São Paulo, deparamos com um problema social relevante: a redução dos postos de trabalho para o corte manual da cana. E foi este desafio que nos motivou a estruturar o RenovAção, para criar soluções criativas e dar uma resposta à sociedade”, avalia Eduardo Leão de Sousa, diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), uma das coordenadoras do programa em parceria com a Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp).
O RenovAção conta ainda com patrocínio das empresas Syngenta, John Deere e Case IH e apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Cursos sob medida
A proposta dos cursos oferecidos como parte do RenovAção é preparar os trabalhadores rurais que atuam no corte manual da cana-de-açúcar para outras funções, dentro ou fora do segmento canavieiro, de forma a manter a empregabilidade dos trabalhadores mesmo após a conclusão do projeto de mecanização das lavouras de cana.
Nesta primeira fase, serão oferecidos na região de Ribeirão Preto cursos de Soldador, Eletricista de Trator, Eletricista de Colhedora e Mecânico de Trator. Já na região de Presidente Prudente a oferta será para os cursos de Motorista Canavieiro e Operador de Colhedora.
Para o presidente da Feraesp, Élio Neves , o RenovAção é um importante ponto de união de todos os envolvidos, com avanço comum mas sem esquecer os que ajudaram neste processo. Segundo ele, “não adiantará nada se não houver esforço pessoal de cada um de vocês (trabalhadores). A grande mudança deve ocorrer no coração e mente de vocês”.
Na opinião de Reginaldo Dias de Souza, coordenador do Serviço Nacional da Indústria (Senai), entidade responsável por ministrar os cursos, “o projeto tem o lado técnico de ensinar uma nova atividade, mas também tem o lado da responsabilidade social”.