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Protótipo de moto customizada é projetado para utilizar etanol

19 de janeiro de 2010

undefinedO mercado de motos customizadas ganha um projeto ousado: um protótipo movido à etanol. Embora ainda em fase de testes, o novo modelo promete conciliar potência, consumo e desempenho. Segundo Ricardo Medrano, projetista da loja Johnnie Wash, idealizadora do projeto, a moto possui um apelo sustentável inédito para a categoria.

“Antes de montá-la, fizemos uma pesquisa por materiais que fossem ambientalmente corretos: para compor a carenagem escolhemos o alumínio; para a propulsão, o nosso etanol, que é um excelente combustível carburante e pouco poluente”, explica o projetista.

Para rodar com um combustível renovável, as peças da motocicleta praticamente não sofreram alterações, com exceção dos componentes internos do motor, que foram adaptados para receber o etanol.

O tanque em alumínio, como quase todos os componentes da motocicleta, terá capacidade para 8 litros, com motorização de 2100cc. Em relação ao consumo, a expectativa é de que a moto rode seis quilômetros com um litro de etanol. Segundo a Johnnie Wash, foram investidos, aproximadamente, 300 mil reais para construir o protótipo.
Para Medrano, o projeto poderá virar uma tendência entre os fabricantes de motocicletas customizadas. “Atualmente, a busca por novos materiais e tecnologias mais avançadas está cada vez mais em discussão, além de existir uma preocupação ambiental que propicia este tipo de escolha por parte dos fabricantes” afirma.

O cunho sustentável também é um atrativo para o público apaixonado por motocicletas inspiradas nos modelos das décadas de 1950 e 1960.  “Os clientes de motos customizadas, em sua grande maioria, também são pessoas bem esclarecidas nas questões ambientais, o que facilitou a nossa decisão final por um combustível renovável”, conclui Medrano.

A opinião também é compartilhada pelo consultor de emissões e tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc.  “O projeto prova que estas motos enormes e pesadas, desenvolvidas na época de petróleo abundante e gasolina barata, podem perfeitamente ser adaptadas à nova realidade mundial, cuja consciência ambiental ganha cada vez mais força entre os consumidores deste tipo de produto”, afirma o especialista.