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Reconquista de condições ideais para a volta do crescimento

30 de novembro de 2012

A definição de sucesso para o setor sucroenergético brasileiro nos próximos anos passa pela identificação de condições que levem à retomada dos investimentos e da ampliação da produção. Assim se manifestou a nova presidente executiva da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Elizabeth Farina, em seu primeiro dia no comando da principal associação de produtores de etanol, açúcar e bioeletricidade do País.

“Retomar o crescimento é o que interessa para o setor, o governo e a sociedade, pois vai ao encontro dos objetivos do próprio País de retomar um ritmo mais acelerado de crescimento econômico,” afirmou Farina. Referindo-se ao tripé Sustentabilidade-Competitividade-Comunicação, que define a missão da UNICA, ela comentou que a busca permanente por essa combinação de ingredientes vitais hoje significa encontrar os caminhos que levem ao crescimento, garantindo que a oferta de etanol atenda a demanda, que continua crescendo tanto no mercado doméstico quanto em outras partes do mundo.

Farina classificou o momento como “muito propício” para atingir tais objetivos: “O setor já vem demonstrando que deseja e reúne condições necessárias para voltar a investir, ampliando a produção e ocupando a capacidade ociosa nas usinas. Mais do que isso há interesse em investimentos em projetos de infraestrutura e logística e até mesmo aquisições de ativos, algumas já realizadas, que vão resultar em ganhos de eficiência, escala e penetração em novos mercados.”

Para a nova executiva-chefe da UNICA, o sucesso do etanol será resultado de uma combinação de investimentos privados calcados em políticas públicas bem definidas. “Essa é a combinação de fatores que precisa ser reconquistada, para garantir que as excelentes perspectivas do setor sucroenergético brasileiro se concretizem e beneficiem toda a sociedade. Em qualquer parte do mundo, a utilização eficiente dos biocombustíveis só se viabiliza com um planejamento de longo prazo associado a políticas públicas bem definidas.”

“Sinto-me honrada por ter recebido a missão de galvanizar o interesse público e privado no sentido de melhorar a capacidade do Brasil de prover uma fonte de energia que, reconhecidamente, beneficia as gerações presentes e futuras com seus ganhos ambientais, ao mesmo tempo em que gera empregos de forma descentralizada e de qualidade cada vez melhor em nosso País, representando uma fonte de desenvolvimento tecnológico que exige esforço continuado. Assumo essa enorme responsabilidade com muito entusiasmo e determinação,” concluiu Farina.

Ex-professora titular do Departamento de Economia da FEA (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), Farina foi chefe do Departamento de Economia da USP e presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), ligado ao Ministério da Justiça. Foi também coordenadora adjunta do PENSA, o Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial, ligado à USP.

Farina substituiu Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da UNICA que ocupava a presidência interinamente desde março deste ano. Padua, como é conhecido no setor, assumiu a presidência após a saída do engenheiro agrônomo Marcos Jank.