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Setor carece de políticas públicas para crescer, diz Jank

10 de agosto de 2010

Para que o bolo do setor sucroenergético cresça no Brasil, não se pode abrir mão do fermento de políticas públicas sólidas e pontuais. É este o ingrediente que falta para que o crescimento do setor seja retomado, avaliou o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Marcos Jank, durante o seminário “Diálogos Capitais 2010,” organizado pela Revista Carta Capital na sexta-feira (06/08) na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) em São Paulo.

“Ainda patinamos para definir claramente uma matriz energética genuína, contemplando as vantagens da cana-de-açúcar em um horizonte de tempo maior. Vivemos o paradoxo de uma experiência única, renovável, que é o etanol que o mundo deseja, mas sem a segurança da perenidade,” avaliou Jank durante o painel “As Tendências dos Biocombustíveis no Brasil”.

Em sua apresentação “O Brasil e a Energia do Amanhã,” o presidente da UNICA também abordou a falta de transparência na política doméstica de preços relacionados à gasolina: “Há uma grande falta de entendimento quando se compara, por exemplo, as flutuações de preços do etanol e da gasolina. Enquanto o nosso setor é notório por sua abertura às forças de mercado, não se pode dizer o mesmo da gasolina, cujos preços são controlados pelo Governo”.

Perguntado sobre o impacto do Pré-Sal para o etanol, Jank foi taxativo. “É um engodo, uma anacronia esta suposta guerra. Compreendo ambos, Pré-Sal e etanol, como oportunidades complementares, não excludentes. O Brasil tem nas mãos a possibilidade de exportar know-how de um combustível de baixo carbono, que é o etanol, tendo para si o conforto de reservas fósseis para administrar, o que é algo inédito,” concluiu.

O seminário “Diálogos Capitais 2010” foi co-organizado pela revista digital de meio-ambiente Envolverde, com apoio da FAAP e patrocínio da Vale.