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Setor brasileiro é referência em evento na Guatemala

23 de agosto de 2017

O Brasil tem sempre destaque em fóruns internacionais quando o tema é sustentabilidade na produção de cana, principalmente por utilizar pouco mais de 1% do seu território para fabricar etanol, bioeletricidade e um dos alimentos mais consumidos do mundo, o açúcar. Tudo isso sem prejudicar biomas sensíveis como a Amazônia e o Pantanal, além de outros aspectos socioambiental relevantes.

Durante o XIV Congresso de Técnicos de Açucareiros da Guatemala, realizado na cidade de Antígua, entre 07 e 11/08, o setor sucroenergético nacional apresentou o seu modelo de boas práticas agroindustriais, especialmente no que se refere aos recursos hídricos e meio ambiente.

Quatro especialistas representaram o País em um dos eventos mais importantes do segmento açucareiro da Guatemala, o 5° maior exportador de açúcar no ranking mundial liderado pelo Brasil. Reunindo cerca de 300 participantes, majoritariamente da América Central, além de Luis Cláudio Silveira Paterno e Jorge Teodoro de Souza, da Universidade Federal de Lavras, e de Achiles Mollon, da A2M laboratorial Consulting, o Congresso teve a presença do consultor Ambiental e de Recursos Hídricos da UNICA, André Elia Neto, em plenária e painel sobre meio ambiente e o uso de recursos hídricos na indústria canavieira.

“Apresentamos os vários aspectos de sustentabilidade ambiental do setor e a evolução do uso racional da água no processamento industrial da cana. Desde a década de 1970, o segmento sucroenergético brasileiro reduziu a captação hídrica da faixa de 15 a 20 m3/t. de cana para abaixo de 1,0 m3/t., atingindo assim a meta autoimposta em relação à captação e uso de água, estabelecendo em definitivo um novo patamar de reutilização dos recursos hídricos”, explica André Elia.

De acordo com o especialista, estes resultados foram alcançados principalmente graças ao aprimoramento de processos industriais, como o tratamento e fechamento de circuitos com reuso de água. A economia também veio do avanço da colheita mecanizada, já que a cana crua picada passa por um processo de limpeza a seco antes de passar pela moenda, ao contrário da cana inteira queimada, que era lavada com água.

O Congresso guatemalteco é organizado pela Associação de Técnicos Açucareiros da Guatemala (ATAGUA, em espanhol), presidida por Omar Enrique Escobar Solís, e equivalente à Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil (STAB).