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Setor sucroenergético busca soluções para desafios tecnológicos

5 de junho de 2012

Problemas que limitam o transporte da cana do campo até a indústria, processo que pode onerar em até 20% o custo de produção no setor, estão entre os principais desafios ligados à recuperação da competitividade do etanol. Em busca de soluções logísticas, mais de 100 representantes de usinas e especialistas nessas questões se reuniram em encontro promovido pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e pelo Fórum Nacional Sucroenergético no dia 28/05, na sede do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), em Piracicaba (SP).

“Debatemos os assuntos de ordem técnica e legal relacionados com o tráfego dos caminhões canavieiros em vias públicas e estradas de terras. Normas de trânsito, peso da carga e treinamento de motoristas são alguns exemplos,” comenta o diretor técnico e presidente interino da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, que participou do evento no interior paulista.

O assessor Jurídico da UNICA, Francesco Giannetti, explica como estes fatores são determinantes para a formação do custo de produção e, consequentemente, a competitividade dos produtos da indústria da cana no mercado. “Se você define uma capacidade máxima de carga, isto implica transportar mais ou menos cana, o que reflete no número de viagens do campo à indústria, em gastos com combustível e manutenção de peças automotivas,” observa o advogado.

No Brasil, caminhões são utilizados para movimentar praticamente toda a cana transportada dos canaviais às usinas.

Grupos Técnicos

Além de debater os desafios tecnológicos e regulatórios relacionados com o transporte da cana, os participantes do encontro realizado em Piracicaba definiram a formação de dois grupos técnicos para aprofundar estudos sobre o assunto. Periodicamente, os grupos – um de âmbito nacional e outro de âmbito estadual, se reunirão para apontar estratégias e direções a serem seguidas pelas entidades sucroenergéticas brasileiras.

Além da UNICA, participaram da reunião as seguintes entidades: Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut), Associação dos Produtores de Bioenergia no Estado do Paraná (Alcopar), Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig) e Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg).  Especialistas do CTC e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) também marcaram presença.