A vice-primeira ministra da Suécia, Maud Olofsson, afirmou que seu país quer ampliar a abrangência da cooperação que já tem com o Brasil em etanol de cana-de-açúcar, do qual é o maior importador na Europa. Olofsson participou do Congresso Internacional de Biocombustíveis promovido pelo governo brasileiro, de 17 a 21 de novembro de 2008, e aproveitou para visitar a usina Santa Elisa, do Grupo Santelisa Vale, em Sertãozinho (SP), no dia 19.
A governante sueca enxerga oportunidades ainda inexploradas de cooperação entre Brasil e Suécia, especialmente em projetos mais abrangentes e de longo prazo com o etanol de cana. Olofsson acredita, no entanto, que estas parcerias devem ter como ponto de partida o entendimento entre as empresas privadas dos dois países, com o apoio dos governos de ambas as partes.
A viagem ao Brasil ofereceu a Olofsson novos horizontes a respeito do setor sucroenergético brasileiro, especialmente após a visita à usina, onde pôde conferir as iniciativas de sustentabilidade nos campos social, ambiental e econômico, além de conhecer pessoalmente as fábricas de açúcar e etanol e as estruturas de produção de energia elétrica por meio da biomassa da cana.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) organizou a visita da vice-primeira ministra da Suécia e de sua delegação, que incluiu a embaixadora do país no Brasil, Annika Markovic. Uma apresentação sobre a amplitude do setor sucroenergético no Brasil foi feita por Carolina Costa, relações institucionais da UNICA, abordando, entre outros aspectos, as oportunidades para diversos países ao tornar o etanol uma commodity global.
De acordo com a UNICA, a possibilidade de comercializar o biocombustível livremente no mercado internacional, sem barreiras tarifárias e não-tarifárias, assim como ocorre hoje com o petróleo, favorecerá a inserção de economias em desenvolvimento no mercado internacional, assim como um cenário de maior segurança energética.
Dois executivos do Grupo Santelisa Vale apresentaram dados sobre a companhia. Renato Carneiro, diretor de comunicação corporativa, abordou os aspectos da sustentabilidade da empresa e Celso Zanatto, diretor de energia da Cristalsev, revelou as oportunidades da empresa no segmento de co-geração de energia elétrica no mercado interno. Dados da UNICA mostram que a bioeletricidade produzida pelas usinas de cana deverá ser responsável por uma oferta equivalente à de duas hidrelétricas de Itaipu em capacidade instalada, até 2020, ou o equivalente a 28 mil megawatts.
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