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Tailândia vê o Brasil como referência no mercado de etanol

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8 de setembro de 2008


Quais mecanismos públicos e privados permitiram ao Brasil desenvolver uma indústria e um mercado de etanol sustentáveis? De que modo o setor foi organizado para remunerar sua cadeia de produção? Entre outras questões, estas foram algumas das que motivaram a terceira visita de técnicos da Tailândia à União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), neste ano.



“Quando pensamos em uma indústria de etanol bem-estruturada, logo pensamos na indústria brasileira, por isso, decidimos visitar a UNICA”, afirmou o vice-secretário-geral da Tailândia, Kurujit Nakornthap, durante reunião com o diretor-executivo da entidade, Eduardo Leão Sousa, e a assessora internacional, Géraldine Kutas, nesta segunda-feira (08/09/08).



A Tailândia um dos maiores produtores mundiais de cana-de-açúcar e utiliza a mistura de 10% de etanol adicionado à gasolina (E10). Agora, o país busca adotar o E20 (20% de etanol), que é semelhante à gasolina brasileira. Por isso, os tailandeses querem conhecer a fundo o processo adotado pelo Brasil.



Em sua apresentação, Géraldine explicou que, apesar de no Brasil não haver subsídios para a produção de etanol e seu preço ser determinado pelo mercado, a política de adição de 25% de etanol à gasolina e a implementação dos veículos flex em 2003 foram determinantes para a consolidação de um mercado dinâmico e competitivo. 



Leão reforçou a importância de que outros países venham a produzir etanol, condição fundamental para transformar o produto em uma commodity global. “Uma característica básica de commodities comercializáveis globalmente é a existência de diversos compradores e também vendedores, garantindo liquidez aos mercados e diluição de riscos de oferta”, afirmou o diretor-executivo da UNICA.



Ao final da reunião, os tailandeses concluíram que o surgimento de uma frota automobilística com tecnologia flex na Tailândia poderia acelerar o desenvolvimento do mercado de etanol do país.