Colocar carros elétricos em larga escala no mercado automotivo ainda é um grande desafio, de acordo com a matéria “Flat batteries” publicada na edição da primeira semana de junho, da renomada revista britânica The Economist. A falência em maio de um projeto visto como bastante promissor, o Better Place, lançado originalmente em Israel, virou a chamada central da notícia.
Criado em 2007 pelo executivo Shai Agassi, o Better Place tinha como objetivo criar uma rede de recarga rápida em vários mercados para viabilizar o uso de carros 100% elétricos. Em 2009, após o fechamento de uma parceria com a montadora francesa Renault, a meta era vender até 2016 100 mil unidades do primeiro veículo elétrico, o Fluence ZE, em Israel e na Dinamarca. Mas, os resultados foram decepcionantes, com apenas 1.300 veículos comercializados.
A proposta da Better Place consistia na troca rápida da bateria, em menos de cinco minutos, em uma das estações criadas pelo projeto, por meio de um sistema de pagamento mensal para utilizar o serviço. Após mencionar outras iniciativas com baixa performance, a Economist aponta o caso da fabricante californiana de carros esportivos movidos a bateria, Tesla, como um dos poucos que tem obtido resultados positivos. Com seu primeiro lucro trimestral, a empresa antecipou o pagamento ao governo americano de US$ 452 milhões em empréstimos.
A matéria aponta ainda que os carros híbridos e elétricos, de maneira geral, têm tido um desempenho comercial abaixo do esperado. O consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, afirma que hoje, a Califórnia é que mais puxa o mercado de carros com emissão zero, estimulando a produção de carros elétricos e híbridos.