Uma nova ferramenta que permite calcular as emissões de gás carbônico (CO2) de frotas de veículos está sendo utilizada pela Ticket, empresa do grupo global de hotelaria e serviços Accor. Chamado de Ticket Car Carbon Control, o sistema faz cálculos baseados no consumo de combustível dos veículos e ajuda a controlar a emissão de poluentes, permitindo que os gestores de frotas determinem qual o combustível que deve ser utilizado.
“Nosso sistema permite que, no caso de uma frota com veículos flex, o gestor possa substituir o abastecimento com derivado do petróleo pelo etanol, o que representaria uma economia de quase um quilo de CO2 por litro consumido. Sabemos que o etanol é um combustível menos nocivo que a gasolina”, explica Marco Mamari, diretor de produto responsável pelo Ticket Car.
O Ticket Car Carbon Control oferece ainda a possibilidade de obtenção de dados de acordo com parâmetros distintos. Dessa forma o usuário pode saber, por exemplo, quantos quilos de CO2 são emitidos por veículo, centro de custo e base operacional entre outros.
Segundo Alfred Szwarc, consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), a ferramenta vai possibilitar que as empresas comprovem os benefícios ambientais do etanol e escolham para sua frota o melhor combustível. “Se comparado à gasolina, o etanol reduz em até 90% as emissões de gases de efeito estufa. Além de proporcionar economia para o bolso do consumidor, o uso crescente de automóveis flex já ajudou a evitar a emissão de mais de 48,4 milhões de toneladas de CO2 desde 2003, ano em que foram introduzidos os carros flex,” completou Szwarc.
Metodologia adotada
O Ticket Car utiliza a metodologia GHG Protocol. Este sistema é compatível com as normas da Organização Internacional para Padronização (ISO) e as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
Sua aplicação no Brasil decorre de uma iniciativa do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces) em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o World Resources Institute (WRI) e o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD).
As informações geradas podem ser aplicadas aos relatórios e questionários de iniciativas como Carbon Disclosure Project, Índice Bovespa de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e Global Reporting Initiative (GRI).