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UNICA defende na COP-15 eficiência do etanol no combate às emissões

9 de dezembro de 2009

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) fez uma contundente defesa do etanol de cana como alternativa concreta e disponível hoje para o combate às mudanças climáticas. A idéia foi defendida nesta segunda-feira (07/12) durante a reunião da 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 15), em Copenhague, Dinamarca, pelo Assessor de Meio Ambiente da entidade, Luiz Fernando do Amaral.

“Para combater as mudanças climáticas vamos necessitar de diversas ferramentas e o etanol de cana é uma alternativa eficiente comercialmente disponível”,  afirmou Amaral durante evento paralelo à COP-15, organizado pelo Itamaraty, intitulado “A Contribuição dos Biocombustíveis na Mitigação das Mudanças Climáticas”. Participou também do evento o embaixador brasileiro André Amado; a chefe da Agência de Proteção ao Meio-Ambiente dos Estados Unidos (Environmental Protection Agency, ou EPA), Lisa Jackson; e Martin Larsson, do Ministério de Desenvolvimento Sustentável da Suécia, entre outros.

Os participantes apontaram que, alem do combate às mudanças climáticas, os biocombustíveis são importantes para o desenvolvimento econômico. Nesse sentido, Lisa Jackson enfatizou a importância da cooperação com o Brasil. Segundo ela,  o País pode aportar conhecimento e tecnologia para países em desenvolvimento.

ILUC em xeque

Respondendo às críticas internacionais feitas ao etanol brasileiro, que se baseiam em cálculos de emissões indiretas derivadas de mudanças no uso da terra (iLUC, na sigla em inglês), o assessor de meio ambiente da UNICA afirmou que os resultados desses cálculos mostram níveis inaceitáveis de incerteza. Isso acontece principalmente porque tais métodos não foram desenvolvidos com esse fim e, principalmente, porque negligenciam a realidade brasileira. Isso demonstra que eles não podem ser a base das legislações sobre biocombustíveis sendo adotadas no exterior.

André Corrêa do Lago, diretor do Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores; José Miguez,coordenador-geral de Mudanças Globais de Clima do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e Luiz Fernando do Amaral.“A ciência para avaliar o iLUC ainda não está totalmente desenvolvida. O que está realmente por trás do debate sobre iLUC e biocombustíveis é a proteção de biomas sensíveis com altos estoques de carbono. Políticas eficientes para esse fim só podem ser abordadas em um fórum internacional apropriado, como é a Convenção do Clima da ONU,” concluiu Amaral.

A participação da UNICA na COP 15 é a maior por parte da entidade dentre todas as reuniões do gênero já realizadas, e acontece como parte do projeto Apex-Brasil/UNICA, iniciado em janeiro de 2008. Trata-se de uma parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), para promover a imagem do etanol brasileiro de cana-de-açúcar como energia limpa e renovável ao redor do mundo.