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UNICA em Budapeste: Políticas estáveis e envolvimento do setor

29 de outubro de 2009

O sucesso do programa de etanol desenvolvido pelo Brasil é fruto de uma série de fatores, entre eles uma política pública estável e o envolvimento de toda a cadeia produtiva do setor. A análise foi feita nesta quinta-feira (29/10), pela assessora sênior do presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) para assuntos internacionais, Géraldine Kutas, em apresentação na conferência Biofuels 2009 realizada em Budapeste, na Hungria.

“O êxito alcançado até aqui está alicerçado em políticas públicas muito sólidas, como também em um verdadeiro comprometimento de toda a cadeia – produtores, indústria automobilística e distribuidores”, afirmou Kutas no primero dia do evento, organizado pela World Refining Association.

Desde 2003, a indústria automobilística brasileira prioriza os veículos flex, que desde sua introdução no mercado já evitaram a emissão de mais de 70 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2), quando abastecidos com etanol. Durante sua participação no painel “União Européia, políticas sob os holofotes,” Kutas lembrou que de cada 100 veículos leves zero quilômetro comercializados no país, 94 utilizam a tecnologia flex.

Kutas destacou outros três ingredientes para justificar os resultados do programa brasileiro de biocombustíveis: investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento, políticas de melhoras continuas para garantir a sustentabilidade principalmente no âmbito legislativo com zoneamento agroambiental e protocolos de conduta ao setor; e o papel da cana-de-açúcar como fonte de energia limpa e renovável, ajudando a compor uma matriz energética mais limpa, algo que cada vez mais preocupa o mundo e estimula a busca por formas de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.

“O etanol de cana do Brasil já faz, e vai continuar a fazer, uma contribuição valiosa à sustentabilidade do setor de transportes da UE. Somos um complemento à produção européia e não temos a intenção de substituí-la,” concluiu Géraldine.

Além da assessora da UNICA, participaram da conferência em Budapeste o conselheiro do presidente da Comissão Européia para Energia e Mudanças Climáticas, Pierre Dechamps; o secretário geral da Associação Européia de Etanol (European Bioethanol Fuel Associations – eBIO), Rob Vierhout; o integrante da Comissão Européia – DG TREN, Paul Hodson, além de representantes de diversas empresas petrolíferas.

A participação da UNICA no evento ocorreu dentro do escopo do projeto Apex-Brasil/UNICA, iniciado em janeiro de 2008. Trata-se de uma parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O objetivo do projeto Apex-Brasil/UNICA é promover a imagem do etanol brasileiro de cana-de-açúcar como energia limpa e renovável ao redor do mundo.