“Perdemos um grande incentivador e parceiro do setor sucroenergético brasileiro.” Assim reagiu o consultor de Tecnologia e Emissões da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc ao tomar conhecimento do falecimento do CEO da Beta Renewables, Guido Ghisolfi.
Reconhecidamente um entusiasta do etanol celulósico, à frente da joint venture, do grupo italiano Mossi Ghisolfi, o executivo conduziu projetos que tornaram a empresa líder global em biocombustíveis de segunda geração. O empresário italiano de 58 anos faleceu na quarta-feira, dia 04, em Tortona, na Itália.
Indo na contramão dos mais críticos em relação ao etanol celulósico, Ghisolfi, investiu recursos próprios para implementar a primeira planta 2G em Crescentino, no norte da Itália. Na ocasião, ele declarou que o negócio além de ser lucrativo, traz transformações econômicas e oportunidades socioambientais que abrem caminho para uma revolução verde no setor químico.
“Conheci o Ghisolfi em 2011 durante o Ethanol Summit e o reencontrei em 2013, na última edição do evento. Posso descrevê-lo como um empreendedor de personalidade forte e vibrante, orgulhoso em ser um dos pioneiros no desenvolvimento de tecnologias para a produção de biocombustível de segunda geração. Ele, sem dúvidas nenhuma, deixou um importante legado para o setor sucroenergético brasileiro. Afinal, a primeira empresa do País a produzir o etanol 2G em escala comercial, a Granbio, utiliza a tecnologia desenvolvida pelas empresas comandadas pelo grupo Mossi Ghisolfi,” destacou Szwarc.
