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UNICA oferece colaboração ao governo alemão para uso do E10

30 de março de 2011

O governo da Alemanha recebeu oferta de apoio institucional da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), para esclarecer e desfazer qualquer tipo de mito sobre o uso da mistura de 10% de etanol na gasolina daquele país, o chamado E10. “A Alemanha e outros países que compõem a União Européia só têm a ganhar do ponto de vista ambiental e de saúde pública com o uso da mistura,” explica Alfred Szwarc, consultor de emissões e tecnologia da UNICA.

O governo alemão autorizou a comercialização de E10 a partir de janeiro de 2011. No entanto, dada a falta de familiaridade com o produto, o combustível foi recebido com desconfiança por consumidores, mecânicos e a opinião pública em geral. Ao contrário do que foi disseminado no país, não existe qualquer risco à frota de automóveis devido ao uso do E10:

“Trata-se de um mito gerado por má informação ou por aqueles que se opõe ao uso de biocombustíveis. As montadoras aprovam o uso de E10, combustível que é largamente usado nos EUA e também em outros países, como a França, Colômbia, Canadá e China, entre outros,” afirma Szwarc.

No último domingo (27/03), o consultor da UNICA participou de um encontro com o Ministro dos Transportes da Alemanha, Peter Ramsauer, e com seu vice, Rainer Bomba, promovido pelo consulado da Alemanha, em São Paulo. “Foi uma conversa amistosa, bastante agradável. O ministro quis se certificar de que o etanol é, de fato, um combustível que reduz a emissão de gás carbônico, considerado o principal vilão no aquecimento global. A UNICA encaminhou a ambos um documento que ajuda a esclarecer uma série de pontos sobre o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar,” acrescentou o consultor da UNICA.

Diretiva Européia

A introdução do E10 na Alemanha faz parte dos esforços para reduzir a emissão de CO2 no setor de transportes e ao mesmo tempo diminuir a dependência por combustíveis fósseis, conforme estabelecido na chamada Diretiva Européia sobre Energias Renováveis (RED, na sigla em inglês). A regulamentação impõe aos estados membros da União Européia (UE) a incorporação obrigatória de 20% de energias renováveis na matriz energética européia até 2020. Metade desta cifra, ou 10%, deve ser atingida no setor de transportes e a expectativa é que a maior parte seja cumprida com o uso de biocombustíveis.

*Na foto: Ministro dos Transportes da Alemanha, Peter Ramsauer (esq.) e seu vice, Rainer Bomba (Foto: Divulgação)