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Uniduto busca licença ambiental para alcoolduto paulista

1 de julho de 2010

Pode-se dizer que está para ser dado o pontapé inicial para o projeto de um alcoolduto em São Paulo construído pelo setor privado. Trata-se do pedido para a concessão de uma licença ambiental, que será encaminhado à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) nos próximos dias pela Uniduto, empresa formada por acionistas do setor sucroenergético para administrar o projeto do alcoolduto.

“Estamos otimistas e trabalhamos com o cenário de obter a licença em um prazo de seis meses a um ano,” explica o presidente da Uniduto, Sérgio Van Klaveren. Segundo ele, todas as outras licenças para o alcoolduto já foram solicitadas. “O caminho crítico, a última licença desta fase, é a ambiental, que agora estamos solicitando à Cetesb,” informou.

A iniciativa prevê aproximadamente 570 quilômetros de dutos, com quatro centros coletores localizados nas regiões de Serrana, Botucatu, Anhembi e Santa Bárbara d’Oeste. O projeto inclui ainda dois centros de distribuição em Paulínia e na Região Metropolitana de São Paulo, além de dois portos próprios, um na hidrovia Tietê-Paraná e outro, off-shore, no Guarujá, litoral de São Paulo, que permitirá a atracação de navios de diversos portes.

Klaveren acrescentou que já está na mesa do governador Alberto Goldman um pedido de priorização do projeto, por ser do interesse do Estado de São Paulo. Se houver este apoio, sublinha o presidente da Uniduto, as secretarias de Estado terão um papel fundamental para acelerar a liberação da licença. “Em um cenário otimista, com apoio do Estado, (sai a licença) até o final do ano”.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) vê com bons olhos o encaminhamento da obra: “Ter o alcoolduto em São Paulo é uma perspectiva altamente positiva para o setor sob diversos aspectos, dos ganhos de competitividades, gerados pela redução dos custos e agilidade nas exportações, a ganhos ambientais, com a redução de emissões proporcionada pela diminuição no uso de caminhões para o transporte,” comenta o diretor executivo da entidade, Eduardo Leão de Sousa.

Onze grupos ligados ao setor sucroenergético, representando cerca de 80 usinas, estão por trás do empreendimento. O orçamento previsto gira em torno de R$ 3 bilhões, dos quais dois terços devem ser obtidos através de empréstimos junto ao BNDES. O restante virá dos próprios investidores ou por meio de uma capitalização a ser estruturada, explica o presidente da Uniduto.