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Usinas paulistas investiram mais de R$ 75 milhões em matas ciliares

2 de junho de 2010

undefinedEm três anos, 171 empresas do setor sucroenergético paulista já investiram R$ 75 milhões em programas voltados a recuperação e proteção de 260 mil hectares (ha) de matas ciliares no Estado de São Paulo. A área, que deverá estar completamente revitalizada pelos produtores canavieiros em 2017, representa 25% dos 694 mil ha existentes no Estado sob a tutela do agronegócio.

A recuperação de matas é uma das atividades de preservação ambiental promovidas pelas usinas como parte do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético, documento firmado em 2007 entre o governo e produtores da região. Além da recuperação de nascentes, a iniciativa prevê a conservação do solo e dos recursos hídricos, redução de emissões atmosféricas, cuidados no uso de defensivos agrícolas, e, principalmente, a eliminação da queima da palha de cana até 2014, em áreas mecanizáveis, e até 2017 em áreas não-mecanizáveis.

Daniel Lobo, consultor de responsabilidade ambiental corporativa da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), destaca a importância na participação das 171 empresas no cumprimento das metas assumidas no Protocolo, que já obteve a adesão voluntária de 80% do setor. “Em 2010 as usinas pretendem investir mais de R$ 19 milhões na proteção e recuperação de rios, riachos e córregos que se encontram em estado de degradação,” revela. Segundo o executivo da UNICA, “até 2017 serão mais R$ 132 milhões em recursos destinados a este propósito”.

Cálculos feitos pela UNICA indicam que medidas como a recuperação das matas ciliares, a extinção da queima da palha da cana, com o seu devido aproveitamento para a geração de energia elétrica, devem juntas evitar a emissão de 62,5 milhões de toneladas de dióxido carbônico (CO2) na atmosfera até 2017.

Responsabilidade

A expansão e a importância do cultivo da cana em São Paulo refletem o comprometimento da indústria canavieira da região com a recuperação das matas situadas às margens dos rios.

“São Paulo é considerado o maior pólo de produção de cana e de seus respectivos produtos derivados no mundo. É justamente por essa razão que as empresas do setor devem se engajar cada vez mais em ações que estabeleçam práticas sustentáveis de produção, como é o caso do Protocolo Agroambiental,” ressalta o consultor de responsabilidade ambiental corporativa da UNICA. De dezembro de 2009 a janeiro de 2010, o aumento da adesão ao Protocolo foi de 7,55%, com a inclusão de mais 12 usinas.