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Uso de etanol na Indy em São Paulo evita emissão de oito toneladas

13 de março de 2010

undefinedNeste domingo, o equivalente a oito toneladas de dióxido de carbono (CO2) deixarão de ser emitidos graças ao uso do etanol nos carros que vão competir na “São Paulo Indy 300”. É o que aponta um relatório elaborado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pedido foi feito durante visita do presidente da UNICA a Lula no dia 2 de fevereiro último, juntamente com dirigentes da Formula Indy, da Apex-Brasil e da Rede Bandeirantes de Televisão.

O trabalho da UNICA, que traça um comparativo entre a Indy e a Fórmula 1 (F-1), cujo combustível é a gasolina, revela que o CO2 que deixará de ser emitido pelos carros durante a competição em São Paulo é equivalente ao que seria produzido por uma frota de 3.600 veículos de passeio movidos a gasolina percorrendo 14 quilômetros cada. O relatório foi coordenado pelo consultor de emissões e tecnologia da UNICA, Alfred Szwarc.

“Os números apurados mostram as vantagens ambientais da utilização do etanol na Fórmula Indy relativamente à gasolina usada na Fórmula 1. A cidade de São Paulo certamente agradece o fato de termos uma corrida sustentável neste domingo,” afirma Szwarc.

Para realizar o trabalho comparativo o consultor da UNICA levou em consideração uma série de premissas. Entre elas:

• Consumo médio de um veículo F-1, de 1,5 km/litro de gasolina;
• Cada litro de gasolina (com 7,5% de etanol, conforme permitido na Formula 1) gera uma emissão de 2,2 kg de CO2, já descontada a emissão evitada pelo etanol;
• A corrida de F-1 em Interlagos tem um percurso de aproximadamente 300 km, semelhante ao percurso estabelecido para a maioria das corridas, o que resulta em um consumo de 200 litros de gasolina por veículo;
• Cada veículo consome um volume adicional de 50 litros de combustível, gasto nos treinos de classificação e aquecimento dos motores.

Segundo Szwarc, cada veículo de F-1 que participa da competição até o fim gera uma emissão de 550 kg de CO2. “Se o combustível utilizado for exclusivamente etanol, essa emissão cairia para cerca de 55 kg de CO2. Isto ocorre devido à neutralização de cerca de 90% do CO2 emitido pelo carro movido a etanol durante o ciclo da cana-de-açúcar, que absorve o CO2 enquanto se desenvolve no campo. Portanto, evitaria-se a emissão de 495 kg de CO2 por cada veículo,” revela o trabalho.