“Os Estados Unidos devem aprender com o Brasil que o caminho para a segurança energética é por meio da diversificação de suas fontes de energia e não pelo isolamento”. A afirmação foi feita pelo representante-chefe da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) na América do Norte, Joel Velasco, durante sua participação na Biomass 2009, evento realizado nos dias 17 e 18 de março, em Maryland (EUA).
Velasco realizou uma palestra sobre a indústria sucroenergética brasileira e sobre o etanol de cana-de-açúcar, na qual mostrou que o país produz um combustível limpo e renovável de maneira sustentável. Durante o evento, foram abordados os vários desafios de políticas públicas, regulatórias, da indústria e de mercado para conseguir cumprir o mandato federal americano (Renewable Fuel Standard, ou RFS) de consumo de 36 bilhões de galões de combustível renovável por ano ate 2022, como previsto na Lei de Independência e Segurança Energética de 2007 (EISA).
No mesmo painel do representante da UNICA, a economista da área internacional do Departamento de Energia dos EUA, Audrey Lee, apresentou uma análise, baseada em diferentes cenários, do impacto do mandato federal para o mercado e comércio de bicombustíveis. Ela concluiu que o mandato federal americano é uma medida muito forte e que os subsídios dados ao etanol do milho não ajudam a incrementar a produção, e por isso são ineficientes. Lee acredita que o Brasil será a maior fonte de bicombustíveis disponível aos Estados Unidos.
A conferência (clique aqui e saiba mais) foi organizada pelo Departamento de Energia e teve mais de 600 participantes, com palestrantes do governo e da indústria, incluindo o Vice-Secretário Assistente para Energia Renovável, Jacques Beaudry-Losique. A UNICA manteve um stand no evento, onde foram distribuídos materiais sobre a entidade e o setor sucroenergético do Brasil.
A participação da UNICA no evento aconteceu dentro do escopo do projeto Apex-Brasil/UNICA, iniciado em janeiro de 2008. A parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, tem como objetivo promover a imagem do etanol brasileiro de cana-de-açúcar como energia limpa e renovável ao redor do mundo.