A comercialização de automóveis flex no Brasil cresceu 5% entre janeiro a julho de 2009, em relação ao mesmo período do ano passado. Quando se compara julho em relação a junho de 2009, porém, houve uma queda de 6,56% nas vendas. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) , e compilados pelo departamento econômico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).
No período de janeiro a julho, 1,474 milhão de carros foram vendidos, mais de 63 mil unidades acima das vendas registradas nos primeiros seis meses de 2008, quando foram emplacados 1,411 milhão de veículos.
“As vendas de veículos flex no País apresentaram uma esperada redução em julho, mas o importante é que a frota de veículos vem aumentando diante da preferência do consumidor. A queda em julho resulta da antecipação de compras de junho. Importante notar, contudo, que o volume de vendas de julho ainda supera a média das vendas mensais de janeiro a maio de 2009”, analisa o diretor técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues.
Parte do recuo nas vendas de julho em relação a junho é creditado à isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciado pelo Ministério da Fazenda no final de 2008. A expectativa era de que o incentivo terminasse em julho, o que provocou uma antecipação nas vendas de automóveis em junho.
Motos flex
As vendas de motos registraram queda de 21% no acumulado de janeiro a julho deste ano, também em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, o desempenho da única moto flex do mercado, a CG Titan Mix de 150 cilindradas lançada pela Honda em março deste ano, mostra uma curva ascendente. Nos seis primeiros meses de oferta do novo modelo, foram licenciadas mais de 79 mil motos flex em todo o país. Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
O Brasil é o único país a ter uma motocicleta flex no mundo. Com a versão desenvolvida exclusivamente para o público brasileiro, a intenção da Honda é beneficiar segmentos que utilizam o veículo para o trabalho, como é o caso do moto-frete.
“Além do bolso do consumidor, o meio ambiente também foi beneficiado por este lançamento, pois a moto já vem equipada com tecnologia que proporciona uma redução significativa de emissão de poluentes”, atesta o especialista em tecnologia e emissões da UNICA, Alfred Szwarc.